quarta-feira, agosto 18, 2004

Adoro isso...

Existem pessoas de um quilate inacreditável realmente. Ainda bem que hoje, ao fim de mais um dia da labuta, ao encontrar outro filho da luta, estava cansado meãs para lembrá-lo de sua genitora.
Situação: estava saindo do Pavilhão do Frei Caneca, quase 20:00, cansado, sujo, suado, e levando uma placa de vidro 1 x 30, que precisava de uma pequena correção. Fui pegar o elevador no andar superior, pois o dito me levaria direto até o piso onde deixei meu carro. Pois bem, estou lá, aguardando , quando um senhor de terno diz que não posso pegar aquele dito elevador, por não ser de carga. Argumentei que aquilo não era carga, mas ele foi irredutível, disse que para transporte de carga havia elevadores específicos. Concordo. Desde que fosse carga o que eu transportava, Tenho certeza que se fosse um quadro de 2 x 50 comprado na Galeria do shopping, não falaria nada. Ou um computador. Ou um dinossauro de pelúcia em tamanho real (havia dinossauros pequenos, pra quem não sabe, não estou sendo exagerado). Óbvio que não. O ponto era mais pelo fato de, ali, naquele momento, eu ser um peão que iria dividir o mesmo cubículo com ele, o que com certeza o incomodava. Certamente, se eu estivesse num dos meus paletós, ao invés de estar suado, e sujo, não haveriam comentários. Pena que não me lembrei de começar a discutir com ele em inglês, gostaria de ter visto a cara dele ao ver um peão dominando o idioma, talvez até melhor do que ele (não é muito difícil no meu caso). Ao invés disso, devido ao cansaço, e por já estar de saco cheio de aborrecimentos, virei-lhe as costas e fui tomar um elevador em outro setor. Mas o rosto esta marcado. Queira Deus que cruzemos os nossos caminhos novamente.


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